28.12.10

De repente.

Assim de repente
parece que o desassossego voltou a vestir-me de manhã
pronto para pintar todos os meus sonhos outra vez

bastam duas mãos dadas
assim de repente

27.12.10

Aiiiiiiii.

Ai que saudadinhas que eu tinha aqui do estábulo.
Ai que vontadinha de fazer chichi.
Ai que vontadinha de emigrar.
Ai que vontadinha de ir buscar a capa de Super-Homem ao armário e ir fazer cocó a Kripton.

11.12.10

Pobrezinhos.

Ando um bocado cansadinho com a conversa dos voluntariados e caridades a instituições. Não critico quem pratica tais acções, mas faz-me confusão que não se perceba que a diferença entre prestar caridade e ser hipócrita é quase nula.

O discurso político relativamente a este tema é escabroso. Incute um sentimento de culpa na população, como se coubesse à populaça resolver situações limite como a fome e a pobreza extrema.

Até entendo a caridade como um suporte, uma ajuda. Mas essa até deve ser praticada todos os dias, sem fundações ou entidades muitas vezes duvidosas pelo meio.

De resto, o que vejo, é a perpetuação das misérias, que tanto jeito dão a quem nos governa. E é nisso que resulta a caridade e o voluntariado: na continuidade da miséria.

Então para que se pagam os impostos? Para que existe uma constituição? Quem tem de resolver os problemas são os governantes, não somos nós.

O voluntariado e a caridade só existem para alimentar o ego de quem os pratica. É tudo uma falsa boa prática.

4.12.10

Concerto James.

Que grande concerto dos James hoje à noite no Campo Pequeno. Se há bandas boas em palco, esta é uma delas. Ao mesmo tempo, são uma banda completamente subvalorizada, apesar de encherem sempre.

As músicas novas prometem, num registo mais experimental mas a manter a génese do grupo que sempre foram.

Os James acabaram há uns anos e voltaram a juntar-se. E é assim que eles estão bem.

Ainda encontrei alguns amigos pelo caminho e hoje consegui jantar duas vezes: antes do concerto e depois do concerto.

2.12.10

Tal e qual.

Vou abrir uma excepção e contar uma anedota.

Um gajo vai à caça e encontra um urso. Aponta a arma ao urso, dispara, falha e diz-lhe o animal:
- Tu és parvo e por isso, agora, vou enrabar-te.

Uma semana depois, a mesma sequência.

Duas semanas depois, a mesma coisa.

Ao fim de dois meses naquilo, o caçador volta a falhar o tiro no urso. Diz o urso:
- Epá, tu não és parvo. Tu gostas é de levar no cu.

1.12.10

À prova de morte.

Death Proof, de Quentin Tarantino, uma paródia violenta para animar a noite de hoje. Até me arrepio se disser que me fartei de rir. A última cena é de ir às lágrimas: que absoluto descontrolo.

Os diálogos são muito bons.

Stuntman Mike: Well, Pam... Which way you going, left or right?
Pam: Right!
Stuntman Mike: Oh, that's too bad...
Pam: Why?
Stuntman Mike: Because it was a fifty fifty shot on wheter you'd be going left or right. You see we're both going left. You could have just as easily been going left, too. And if that was the case... It would have been a while before you started getting scared. But since you're going the other way, I'm afraid you're gonna have to start getting scared... immediately!

E tem esta beldade (entre outras):